sexta-feira, 18 de junho de 2010

Morre um "comunista libertário"

Nesta sexta-feira, a literatura contemporânea perde um dos seus maiores nomes, o escritor português José Saramago. Faleceu aos 87 anos, em sua casa nas Ilhas Canárias.
O Prêmio Nobel de Literatura 1998, nasceu em novembro de 1922, na aldeia de Azinhaga. Filho de agricultores sem terra que imigraram para Lisboa, abandonou a escola aos 12 anos para receber formação de serralheiro, um ofício que exerceria durante dois anos. Depois de um primeiro romance em 1947, "Terra de pecado", esperou 19 anos para publicar seu segundo título, "Os poemas possíveis". Trabalhou na área administrativa, em editoras e colaborou com vários jornais. Seu segundo romance, "Manual de pintura e caligrafia", foi publicado em 1977. Em 1982, alcançou a celebridade com "Memorial do convento", um romance romântico, ambientado no século XVIII. A obra "Ensaio sobre a cegueira" foi levada às telas em um produção hollywoodiana, filmada pelo cineasta brasileiro Fernando Meirelles, em 2008. Neste mesmo ano, publicou "A viagem do elefante", seguido, em 2009, por "Caim", que descreve de forma irônica o relato bíblico do assassinato de Abel por seu irmão Caim. Durante a apresentação desse livro, Saramago, que descrevia a si mesmo como um " comunista libertário", causou novamente polêmica ao classificar a Bíblia de "manual de maus costumes". Atualmente, estava preparando um livro sobre a indústria do armamento.
José Saramago recebeu, também, um prêmio Camões - a mais importante condecoração da língua portuguesa e publicou cerca de 30 obras: romances, poesias, ensaios e obras teatrais.

2 comentários:

  1. Não podemos dizer "A literatura perde um de seus maiores nomes", simplesmente porque não perde. Alguém que teve tanta importância, de grande destaque no mundo literário, ficará para sempre em nossa memória, por suas obras, seus ensinamentos. Isso tudo é imortal.

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  2. O sentimento de perda é inevitável se estivermos nos referindo a "sermos privados" do que ele ainda poderia dizer e escrever. Alabardas, Alabardas! Espingardas, Espingardas! ficou inacabado... Mas concordo quando afirmas que "ficará para sempre em nossa memória, por suas obras". O legado de Saramago é eterno!

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