quinta-feira, 29 de julho de 2010
Fernando Pessoa foi quantos mesmo?
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Conversa sobre o tempo
Ontem, assistindo ao Jô Soares, porque mais uma noite fui dormir tarde, vi que seriam entrevistados o Fernando Veríssimo e o Zuenir Ventura, que escreveram um livro de conversas entre amigos, ou seja, entre eles: Conversa sobre o tempo.
Eu já conhecia a obra, já havia pegado na mão. Uma colega da faculdade contara-me que foi na casa dele pra fazer uma entrevista. Trouxe de lá o livro com que ele a presenteou com uma dedicatória. Isso tudo antes do lançamento.
Fiquei curiosa pra ler aquele texto conversa – bate-papo – entre amigos de anos, que provavelmente já sabem mais ou menos o que um e o outro pensam sobre o que foi tratado no livro.
Contaram no programa do Jô que a ideia foi da editora, que permaneceram durante alguns dias, em um sítio afastado, e que a partir dos assuntos estabelecidos os amigos iam filosofando.
Fico com a curiosidade desta leitura, e compartilho dela com você, leitor. Quem ler primeiro vem aqui e escreve. Combinado?
terça-feira, 6 de julho de 2010
Um pouco de Bocage
segunda-feira, 5 de julho de 2010
O Triunfo da Morte
Mais uma leitura feita. Esta foi o “Triunfo da morte”, de Augusto Abelaira, nascido em Portugal, em 1926. O livro data de 1981.
Como meu colega de Letras Levi acredita, eu também penso que uma leitura vale a pena e é boa quando podemos relacioná-la com outras, quando nos fazem pensar em questões antes impensadas, e ao menos no meu caso, quando provoca a vontade de escrever sobre tal.
E exatamente assim aconteceu com O triunfo da morte.
Apesar do título nos parecer à primeira vista um pouco mórbido, o livro é cômico e ao mesmo tempo filosófico. Características que me fizeram recordar (porque recordar é lembrar com o coração) de Viagem ao Redor do meu Quarto e de Memórias Póstumas de Brás Cubas. Aliás, vários outros aspectos tornam essa obra semelhante a estas outras duas que citei. A ver algumas delas:
· A falta de linearidade narrativa, afirmada claramente pelo autor, no seguinte trecho:
Repito, repetirei tantas vezes quantas as necessárias, não sigo em linha recta, sinto-me incapaz. Ainda que quisesse, e uma certa embalagem de ordem estética não me obrigasse a graduar a intensidade narrativa, a abrir parênteses, a adiar certas revelações, estimulando assim a tua curiosidade, não saberia seguir direito. Consciente embora de tudo quanto vou dizer, jogo comigo próprio como se tudo ignorasse.” (p.116)
· O ato filosófico de refletir e problematizar questões cotidianas.
· O invento do sumo de burujandu e da carne de pterorassauro da onde parte inúmeras explicações para a variação do comportamento humano, como por exemplo, o motivo pelo qual os homens se atraem pelas mulheres e vice-versa.
Escrevendo dessa forma, parece absurdo, mas em cada afirmação de teoria há uma explicação que a justifica. E creia-me, é capaz de convencer-nos.
· O narrador fala a todo momento com o leitor. Praticamente um diálogo.
Todas essas questões citadas acima são também evidenciadas, como já dito d’antes, em M.P.B.C., de Machado de Assis, e em V.R.M.Q., de Xavier Maistre. Porém, no que se refere à morte, Triunfo me fez lembrar a obra de Saramago, Intermitências da morte. Abelaira questiona a morte, a problematiza e dramatiza.
Este editor conta que encontrou fitas cassetes por aí. Ouviu-as e editou aquilo que escutou, tal e qual, exceto os ruídos. Simples assim.
Claro que aqui oferece ao leitor as suas hipóteses sobre origem e conteúdo do texto. Curiosamente nota-se o mesmo perfil literário do autor. Por que será? Sentiu-se ele influenciado, ou trata-se da mesma pessoa?
Bueno, queda aí mais uma sugestão de leitura.
Sá da Costa Editora
2ª edição – julho de 1981