quinta-feira, 26 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Lançamento da exposição "Imagens que brotam do coração"
Pela semana da Pessoa com Deficiência Física, dia 26 de agosto, será lançada na Biblioteca Pública Municipal Monteiro Lobato de Gravataí, a exposição Imagens que brotam do coração. Às 14h e às 16h haverá a exibição do filme Antes que o mundo acabe. E às 15h30min e às 17h30min haverá palestra com a áudio-descritora Letícia Schuartz.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Patrona da Feira do Livro de Gravataí
Vem aí a 24ª Edição da Feira do Livro de Gravataí! Neste ano de 2010 a patrona será a escritora Leticia Wierzchowski. Ecritora brasileira que iniciou a carreira de arquitetura, mas que acabou abandonando para se dedicar à literatura. Estreiou com o romance O anjo e o resto de nós, em 1998, ambientada no Rio Grande do Sul, no início do século XX, que conta a saga da famíia Flores.
Uma das suas obras mais conhecidas tornou-se minissérie na televisão brasileira, A casa das Sete Mulheres.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
XIII Festival Internacional de Folclore de Gravataí
A Casa dos Açores do Estado do Rio Grande do Sul, através do comitê Organizador de Festivais – COFE, realizará a décima terceira edição do Festival de Folclore Internacional de Gravataí. Deste Festival participarão povos representados pelos Grupos folclóricos internacionais: Grupo Folclórico e etnográfico Ilha Morena da Casa do Povo de São Mateus – Açores- Portugal, Ballet de Arte Folclórico Argentino – Argentina, Vientos de Chile- Chile, e por diversos grupos regionais como o DTG Província do Quero Quero, grupo anfitrião deste festival.
Além das apresentações, durante o dia os grupos irão visitar escolas municipais onde farão oficinas de dança com os alunos. E ainda no dia 26 de agosto os grupos se apresentarão no Memorial do Rio Grande do Sul em POA.
Segue o link do blog do Festival: http://festivalfolcloregravatai.blogspot.com/
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Informe CulturaL
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Informação culturaL
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Álvaro de Campos
Às vezes tenho ideias felizes,
Ideias subitamente felizes, em ideias
E nas palavras em que naturalmente se despegam...
Depois de escrever, leio...
Por que escrevi isto?
Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto? Isto é melhor do que eu...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?...
18-12-1934
Pode-se dizer que Álvaro de Campos, dos quatro poetas, é o mais decadentista e melancólico. Acima temos um exemplar de um de seus poemas. Tratei de escolher um menos triste possível, pois minha disposição anímica não seria contemplada com um poema de AC, por agora.
Sua obra tem três fases: a primeira em que escreve Opiário, retrata um homem entediado com o mundo, e o ópio é uma saída; a segunda é futurista, pois é influenciado por Caeiro, celebrando a máquina, a velocidade, a simultaneidade das sensações; na sua terceira fase escreve poemas com sensações mórbidas, com uma intensa angústia.
Bom, vou publicar mais um poema dele, já conhecido nosso. Em realidade não me parece um típico de AC.
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas
Quem me dera no tempo em que escrevia
Ideias subitamente felizes, em ideias
E nas palavras em que naturalmente se despegam...
Depois de escrever, leio...
Por que escrevi isto?
Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto? Isto é melhor do que eu...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?...
18-12-1934
Pode-se dizer que Álvaro de Campos, dos quatro poetas, é o mais decadentista e melancólico. Acima temos um exemplar de um de seus poemas. Tratei de escolher um menos triste possível, pois minha disposição anímica não seria contemplada com um poema de AC, por agora.
Sua obra tem três fases: a primeira em que escreve Opiário, retrata um homem entediado com o mundo, e o ópio é uma saída; a segunda é futurista, pois é influenciado por Caeiro, celebrando a máquina, a velocidade, a simultaneidade das sensações; na sua terceira fase escreve poemas com sensações mórbidas, com uma intensa angústia.
Bom, vou publicar mais um poema dele, já conhecido nosso. Em realidade não me parece um típico de AC.
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
21-10-1935
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
21-10-1935
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Alberto Caeiro
Alberto Caeiro, o mestre.
Ando pensando bastante naquilo que ele transmitia em seus poemas: a ideia de que contemplemos a natureza e que se Deus não se mostra, então é porque ele não quer que tenhamos certeza absoluta de sua existência.
De uma maneira muito simplista e humilde estou eu aqui descrevendo um pouco daquilo que captei de Caeiro.
E é nessa ideia que não paro de pensar. Me soa a mais pura verdade. Como pode para alguns existir Deus e para outros não? Realmente, se ele realmente quisesse se fazer verdade absoluta na Terra, não deixaria margem para as dúvidas. Enquanto isso contemplemos aquilo que existe, é belo e nos é acessível: a natureza.
Alberto Caeiro também defendia que pensar demasiado sobre as coisas não levaria a nada. A sua premissa era a de desfrutar do que era bom na vida, sem refletir demais sobre tais coisas.
"Pensar é estar doente dos olhos".
O mundo não é um enigma, um mistério, já totalmente oposto a Fernando Pessoa. Tem uma visão não espiritualizada, homem do campo, acredita que as coisas são o que são, e que não têm um significado oculto por trás das aparências.
Quem me dera que eu fosse o pó da estrada
E que os pés dos pobres me estivessem pisando...
Quem me dera que eu fosse os rios que correm
E que as lavadeiras estivessem à minha beira...
Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio
E tivesse só o céu por cima e a água por baixo...
Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro
E que ele me batesse e me estimasse...
Antes isso que ser o que atravessa a vida
Olhando para trás de si e tendo pena...
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